
O Baixo Tâmega apresenta o maior défice de médicos de família na região Norte, afetando cerca de 25.000 pessoas, destacando-se Amarante e Marco de Canaveses, admitiu hoje à Lusa o presidente da ARS-N.
Segundo Álvaro Santos Almeida, na região Norte ainda há cerca de 100.000 utentes sem médico de família, o que, determinou, corresponde a 3% da população. Para além do Baixo Tâmega, também há défices significativos nos concelhos do Porto, Vila Nova de Gaia, Felgueiras e Resende.
O presidente da Administração Regional de Saúde do Norte recordou que, nos últimos meses, têm sido colocados médicos em vários concelhos, incluindo Baião, município onde hoje foi celebrado, com a autarquia local, um protocolo para o funcionamento do atendimento noturno do centro de saúde.
Falando à Lusa naquela vila, à margem da cerimónia, o dirigente disse acreditar que até ao final do ano se possa atingir os 99% de cobertura por médicos de família, entre a população da região Norte. Os ganhos, explicou, decorrerão da contratação de médicos que estão a concluir a especialidade de medicina geral e familiar.
“Estamos a falar de recursos médicos que pretendemos que sejam permanentes. São soluções de futuro, não são temporárias”, vincou.
A ARS-N e a Câmara de Baião celebraram hoje o protocolo que define os termos da reabertura do atendimento noturno no centro de saúde daquela localidade, equipamento que encerrou em novembro do ano passado.
Nesse acordo, a autarquia assume os encargos com a contratação dos médicos que vão trabalhar entre a meia-noite e as 08:00. À ARS-N caberá assumir os demais custos, incluindo pessoal de enfermagem e administrativos.
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