Câmara vai aplicar penalidades ao empreiteiro por atrasos na obra junto à Igreja Matriz

Nuno Fonseca garantiu hoje que não vai admitir atrasos nas várias obras em execução e nas que vão arrancar em breve | FOTO: ARMINDO MENDES

O presidente da Câmara, Nuno Fonseca, disse hoje que o município vai aplicar penalidades ao empreiteiro pelo atraso nas obras junto à Igreja Matriz de Margaride.

 

“Vou ser implacável com os atrasos nas obras”, afirmou.

Falando na reunião do executivo, o presidente sublinhou que a construtora pediu o adiamento do prazo de execução da empreitada, por mais 240 dias, o que foi rejeitado pela câmara.

Nuno Fonseca frisou que a obra, adjudicada por cerca de dois milhões de euros, já devia estar a terminar – o prazo oficial termina no fim de fevereiro – mas os trabalhos estão ainda muito atrasados, “causando grandes transtornos a muita gente”.

 

SERVIÇOS TÉCNICOS NÃO ACEITARAM ARGUMENTOS DO EMPREITEIRO

 

O autarca explicou que o pedido do empreiteiro foi analisado pelos serviços técnicos da câmara, que concluíram não haver razão para autorizar o adiamento, uma vez que os 12 meses previstos para a empreitada era “um prazo razoável para a execução dos trabalhos”.

reunião de câmara fev 2020 Felgueiras
FOTO: ARMINDO MENDES

Sublinhando não temer um eventual litígio com o empreiteiro, acentuou que “compete ao presidente da câmara defender os interesses do município e dos felgueirenses”.

 

PSD RECEIA QUE EMPREITEIRO TENTE ACABAR A OBRA À PRESSA

Sobre esta matéria, os vereadores do PSD criticaram o atraso na obra e lembraram os transtornos que a situação tem provocado nos residentes e na circulação das viaturas.

João Sousa questionou a maioria sobre o acompanhamento que foi dado empreitada, recordando que em dezembro apenas estavam realizados 30% dos trabalhos, quando já deviam ser 80%.

Disse também temer que face à posição agora assumida pela câmara, o empreiteiro venha a finalizar a obra à pressa, prejudicando a qualidade dos trabalhos.

O presidente Nuno Fonseca sinalizou que o empreiteiro foi várias vezes alertado pela câmara para os atrasos que se observavam no terreno e que as razões aduzidas pela construtora não justificam um atraso tão significativo, como aquele que todos veem.

“O que nós queremos é que as obras – esta e as outras – terminem o mais depressa possível”, reforçou.