O deputado do PS Hugo Carvalho admitiu haver o cenário de prolongar a Linha do Vale do Sousa até Amarante, a partir de Felgueiras, passando pela Lixa, mas disse preferir a reativação da Linha do Tâmega.
O parlamentar natural de Amarante e líder da concelhia socialista admite haver dois caminhos em equação, no contexto de fazer chegar o comboio a Amarante.
O primeiro, disse, seria a reativação da antiga Linha do Tâmega, o segundo seria o prolongamento da Linha do Vale do Sousa, a partir de Felgueiras, passando pela Lixa e terminando na zona do novo hospital de Amarante.
Hugo Carvalho assinalou que prefere o primeiro cenário, porque, indicou, o prolongamento da linha do Vale do Sousa até Amarante afastaria a estação ferroviária do centro da cidade e tornaria a viagem até ao Porto mais longa e demorada do que a solução da Linha do Tâmega.
ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÓMICA DA LINHA DO TÂMEGA
O deputado defende que o Governo deve ponderar a reativação da Linha do Tâmega, até Amarante, promovendo um “amplo estudo de viabilidade”.
Em declarações à nossa redação, o parlamentar referiu a importância de o assunto não ficar esquecido no programa de investimentos futuros na ferrovia, sublinhando que já questionou o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.
Acrescenta, por outro lado, que o assunto tem mais atualidade do que nunca, numa altura em que o Governo do PS assume a importância do transporte ferroviário, apostando em várias obras até 2030.
A linha férrea do Tâmega, que ligava a estação da Livração, na Linha do Douro, a Amarante, foi encerrada em 2009, na altura com o argumento que seria para realizar obras de modernização, que nunca se realizaram, apesar dos protestos da população e autarcas.
AMARANTE PODE POTENCIAR OS SUBURBANOS DO PORTO
O deputado socialista destacou hoje à Lusa a importância que teria aquela infraestrutura ferroviária, não só para Amarante, onde ainda existe a antiga estação ferroviária, mas também para os concelhos vizinhos, facilitando a ligação ao Porto, potenciando os suburbanos da Linha do Douro, recentemente eletrificada entre Caíde e Marco de Canaveses.
Hugo Carvalho recordou que a tutela tem um estudo, já com alguns anos, que analisa a reativação da linha, com 12 quilómetros, que aponta para um investimento estimado de 38 milhões de euros.
“Hoje, há novos fatores que me levam a interpelar a tutela a rever o estudo existente, nomeadamente o novo plano de redução de tarifários”, observou.