
O centro de formação têxtil que vai arrancar segunda-feira em Lousada vai qualificar a mão-de-obra do concelho, onde predomina aquela indústria, para o tornar mais competitivo no mercado internacional, prevê o presidente da Câmara.
Segundo Pedro Machado, o equipamento traduz uma resposta articulada com os empresários do concelho que se debatem com a insuficiência de recursos humanos qualificados, capazes de da resposta a um mercado global cada vez mais competitivo.
Em declarações à Lusa, explicou que as ações vão ser ministradas por quadros qualificados na área, a pensar nas exigências específicas do tecido empresarial local.
“Será uma formação direcionada às necessidades da indústria local”, sustentou.
O polo de formação vai funcionar nas instalações Escola Básica de Santa Margarida, entretanto desativadas, atuando também na estratégia de combate ao desemprego.
A primeira formação a arrancar é no domínio da confeção de peças de vestuário, abrangendo 25 pessoas que estão desempregadas.
“Esperamos que esta resposta contribua para minimizar o problema do desemprego que também se faz sentir em Lousada”, previu o autarca, aludindo à importância do setor têxtil no concelho, que absorve grande parte da população ativa.
Segundo Pedro Machado, o setor representa 73% das exportações da indústria de Lousada.
“O setor têxtil, apesar das convulsões por que tem passado, conseguiu adaptar-se às novas exigências do mercado. Inovou e está a investir em novos mercados”, assinalou.
A abertura do polo de formação enquadra-se num protocolo celebrado entre o Centro de Formação Profissional da Indústria Têxtil, Vestuário, Confeção e Lanifícios (Modatex), com sede no Porto, e a Câmara de Lousada.
O acordo aponta para a realização de ações de formação em áreas como a costura e a modelação de vestuário.
Pedro Machado chama ainda à atenção para o facto de o polo não servir apenas aquele concelho, podendo dar formação aos recursos humanos de outros municípios da região do Tâmega e do Sousa, onde o têxtil tem predominância.